domingo, 23 de fevereiro de 2014

Amizade real numa turma de escola/Colegio Sao Jose

Escrevi  no Diário do Sul /Tubarão-SC,coluna Variedades, como interina do titular Rodrigo d'Eca Neves, meu irmão, num momento difícil dele e que como é comprometido, pediu-me para fazer uma cronica sobre a beleza que ele sempre viu nesta turma querida. Juntas estivemos preparando nossas vidas para um futuro saudável,produtivo e sobretudo cheio de felicidades.

" Terça-feira, 06/08/2013, às 06:00
Turma do Colégio São José de 1969
Éramos jovens nascidas na década de 50. Vivíamos um hoje com cara de ontem e de olho no futuro. Havia dúvidas, certezas, rebeldia, revolução e lutas para uma maior participação da mulher no mundo. E nós nesta ebulição.
Nossos sonhos começaram a ter cores, nomes e até endereços e tornaram-se reais, cada uma seguindo um caminho. O ontem nos oportunizava, em Tubarão, um curso profissionalizante na área do magistério: curso normal, nada mais. Nossas mães diziam que, mesmo que não fôssemos ser professoras, num infortúnio teríamos um diploma para fazer valer nossa segurança financeira e nos seria de grande valia na educação de nossos filhos.
Ainda éramos assim educadas, com vistas a formar uma família! O Colégio São José, aliás, nos educou com muitas opções. Lá aprendemos a tocar piano, ler e escrever, jogar vôlei e handebol, costurar, bordar, tricotar e crochetar, cantar em coral. Estudávamos puericultura, iniciação em línguas estrangeiras (francês e inglês), aprendemos a gostar de ler e apreciar grandes escritores. Ah, que saudades das aulas da D. Mariazinha. Aphonso dos Anjos, Casimiro de Abreu, Machado de Assis viviam em nossas aulas e participavam junto das aulas. Com eles, delirávamos com suas histórias de amor e nos extasiávamos com o belo escrever.
Descobrimos que podíamos aprender sempre mais e que também sabíamos ensinar. Também foi naquele colégio que descobrimos o amor! Amar nossas colegas, nossos professores, amigos e todos os rapazes que circulavam por aquela esquina do colégio na borda do Rio Tubarão. Como eram pesados os livros que levávamos para ficarmos mais altas e podermos espiar pelas janelas a moçada que saía do Dehon e ia para lá...
Quem esquece da bronca do professor Medeiros, de Geografia, que num dado momento, não conseguindo conter a farra da moçada, colocou mais da metade da turma a pensar no corredor... Como nos divertimos, coitado do professor.
As aulas de canto orfeônico com a Irmã Magda... Até hoje não sei se gostávamos ou detestávamos... Mas nos divertimos. Quase todas vínhamos juntas desde o primeiro ano primário, o que deixou os laços cada vez mais sólidos e verdadeiros.
Outras foram para outras cidades, para outros cursos, sem, no entanto, perder o contato com aquele grupo. Outras vieram e uniram-se ao grupo. Os namoros pipocavam, as festas apareciam e eram curtidas com intensidade, mas muita inocência. Esta era a forma comum, mas a intensidade era a mesma dos dias de hoje, talvez com mais romantismo.
A vida continuou e cada qual foi percorrendo seu caminho na busca da dita felicidade. Muitas logo casaram e começaram suas famílias; outras continuaram, prestaram vestibular, finalizaram seus cursos, iniciaram uma vida profissional de lutas, conquistas e bastante sucesso.
Nossa colega Helenita logo nos deixou. A vida lhe pregou uma peça e ela se foi. Depois, Maria Inês e Sarah foram ceifadas, todas precocemente. Hoje, olham por nós. A turma, porém, continuava viva: 1969 (cuidado com analogias). Os encontros foram acontecendo, aos dez anos e lá estávamos nós. Nos 100 anos do Colégio São José, nos reunimos para comemorar a grande festa. Depois vieram os filhos e fomos cuidar deles. Foi dada uma pausa entre nós.
Depois, o grupo que ficou morando em Tubarão começou a sentir vontade de juntar estas amigas. Foi organizada a festa de comemoração dos 40 anos de formatura no ano de 2009. Quando foram consultar o colégio, que hoje substitui o nosso Colégio São José, eles tiveram a ousadia de cobrar um valor enorme para que pudéssemos ali começar nosso encontro com uma missa. Furiosas, optamos por outra Paróquia, que nos acolheu com carinho e orgulho de poder comemorar 40 anos de formatura de uma turma de professorinhas. Foi lindo! Neste dia, conseguimos juntar 52 amigas.
Vieram de várias partes do Brasil e, ao chegar, éramos as mesmas moçoilas de 69... Muitos rimos, falação, histórias e mais histórias. Dividimos cada momento de vida, corriam as fotos dos filhos, dos netos, da vida. Um barulho enorme. Imaginem 52 amigas se encontrando depois de 40 anos! Deliciosa festa.
Num dado momento, foram formando grupos e estes sentavam pelos espaços. Quando observei, achei maravilhoso! Estavam sentados os subgrupos das salas, tal qual sentavam no colégio, e as conversas eram as mesmas daquela época. Quanta felicidade!
Estes encontros se sucedem. Em 2010 foram todas comemorar em Florianópolis. A turma que mora lá preparou o grande momento. Em 2011, voltamos a Tubarão e nova festança - mais histórias e muito carinho rolando. E o grupo aumentando.
No ano seguinte, voltaram todas a se reencontrar em Florianópolis. Mais adesões e emoções.Neste ano, vamos a Balneário Camboriú. O grupo que mora por lá está nos aguardando com ansiedade e muitas surpresas. Nestes encontros e reencontros, lembramos destas histórias e se fecharmos os olhos, as cenas nos vêm, porque as risadas ainda continuam.
Este foi nosso Colégio Normal São José, que construiu nas nossas vidas o amor e a importância de uma bela amizade.
Meninas, preparem-se: dia 29 de agosto, uma quinta-feira estaremos juntas e vibrando por nossa amizade." 
                                          Foto do Encontro 2012 no Cacupe/Fpolis
                                                  Encontro em Balneário Camboriú em 2014.
Reunião do grupo articulador de Fpolis em reunião preparatória na casa da Doroteia.



domingo, 16 de fevereiro de 2014

Lendas e hstorias de bruxas de Florianopolis/ Rio Vermelho

Lembra, daquele cafezinho que tomavamos, numa tarde,conversando sobre bruxas e outras coisas de Florianopolis...pois, ali estava circulando uma pessoa que viveu no Rio Vermelho e contou-nos a seguinte historia.
-" Certa vez ao acordar minha Tia, que tinha longos cabelos ( a la Perla, lembram???) acordou e seu cabelo estava todo trançado.Ela correu no berço de sua pequenina filha e ela tambem estava com os cabelinhos todo trançado.Como a mae dela(bastante idosa) morava junto, esta deu uma gargalhada e disse-lhe que tinham sido artes de alguma bruxa...para isso precisavam fazer algumas coisas.
Fizeram um colar de alhos para colocar no berço e outro para a Tia usar no pescoço por um tempo e deveriam queimar duas cabeças de alho.
Se fosse bruxa, a tarde alguem viria ali e elas saberiam quem era a bruxa.
Feito todas as etapas e apos o almoço ficaram sentadas, conversando e esperando a visita.Nem precisaram muito tempo, quando uma vizinha chegou reclamando que estava com a boca toda queimada e sentindo muito cheiro de alho nela.
A gargalhada das duas foi grande e nunca falaram a bruxa vizinha  o que ela tinha feito de artes naquela casa."
As personagens sao nossas conhecidas e conversei com ela e esta repetiu toda a mesma historia, tim por tim.
Acreditem se quiserem.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Lendas sobre bruxas em Florianopolis/noiva de Sambaqui

 Florianopolitano nativo sempre soube que aqui existe bruxas e que elas passeiam pela Ilha em suas belas noites.
Muito se escreveu e ainda se escreve,porém Franklin Cacaes foi the best.Dizia que viu e desenhou muitas delas e disseminou historias que arrepiam uns e deixam incredulos outros.
Veja mais em http://www.museuvictormeirelles.gov.br/cascaesbruxas/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Franklin_Cascaes

Pois ontem estávamos conversando, numa roda de cafezinho, sobre estas histórias ou lendas que nos contavam na infância sobre as bruxas e outras coisas estranhas de Florianópolis.
Lembramos da historia que D. Olga, moradora de Sambaqui, gostava de contar.E as crianças adoravam escutar, mas morriam de medo depois.
Dizia ela que a "noiva de Sambaqui" morava na árvore que ficava no quintal da casa e que ela chorava a noite e  se podia ouvir.
Esta historia é conhecida e diziam que foi uma moça muito bonita que no dia de seu casamento,vinha vestida de noiva, em uma canoa para chegar a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades,em Santo Antonio de Lisboa e no caminho uma bruxa, invejosa, virou a canoa e a bela noiva morreu, antes do casamento.
Por isso, ouve-se seu lamento todas as noites, especialmente em lua cheia.
Se quiser comprovar, aguarde a lua cheia e fique por ali, prestando atenção aos murmúrios.
Se lenda ou historia, ficocom a historia.